A forma de comprar mudou. Atualmente, com apenas um clique, o consumidor pode adquirir qualquer produto. O e-commerce, que anos atrás era apenas uma tendência, tornou-se realidade e tem se destacado no mercado mundial. Para Vander Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan, as lojas físicas estão mudando sua maneira de levar novas experiências ao consumidor. “O shopping também caminha nesse sentido. Como administrador, você precisa acompanhar as novas tendências de experimentação do varejo”, analisa o executivo da maior administradoras de shopping do país.
No Brasil, segundo levantamento feito pela Ebit/Nielsen, o e-commerce faturou R$ 53,2 bilhões em 2018. E a tendência é continuar crescendo com a propagação dos sistemas de marketplaces. Para o Vander, os centros de compras tradicionais se adaptam incorporando os benefícios proporcionados pela tecnologia, mas destaca que no ambiente físico, o digital é apenas mais uma das ferramentas que levam facilidades ao consumidor.
Comércio tecnológico
Engana-se quem pensa que os grandes centros comerciais estão sob risco com a chegada dos marketplaces. Para Vander Giordano, a tecnologia tornou-se uma grande aliada do comércio tradicional e amplia a oferta de produtos e serviços desses locais.
“Os consumidores não vão deixar de frequentar os shopping centers pela experiência que o ambiente proporciona aos clientes”, diz o Giordano referindo-se aos elementos lúdicos que envolvem a compra em shoppings. “Aqui tem o aroma do perfume, o sabor de um delicioso sorvete, dá para tocar nos tecidos das roupas, passear sem pressa, com conforto, tem lazer, atividades culturais, uma gastronomia variada e ainda é possível resolver sua vida em um só ambiente dentro do caos urbano que se tornaram as grandes cidades. Isso o marketplace nunca vai ter”, completa. Mas a concorrência com os mercados na internet está forçando ajustes e novos investimentos.
A tendência para os próximos anos é que os shopping centers ofereçam cada vez mais ambientes on e offline para expandir as experiências de compra, lazer e entretenimento. Os centros comerciais estão alinhados ao mercado para continuar oferecendo conforto, qualidade e praticidade para os clientes. Em todos os casos a localização estratégica desses centros de compra equivale a ter um ponto de distribuição dentro das cidades muito próximo ao consumidor, diz Giordano, o que facilita a logística da entrega.
Superaplicativo
A Multiplan lançou recentemente o superaplicativo Multi. A ferramenta serve como integração do marketplace para o varejo físico. Com ele, os usuários podem consultar informações sobre as lojas, fazer compras, pedidos de comidas, acompanhar ofertas em tempo real e reservar ingressos para o cinema. No futuro poderá reservar consultas nos centros médicos integrados aos shoppings da companhia. O aplicativo também possibilita que o cliente participe de promoções e sorteios por meio do cadastro de notas fiscais.
Vander Giordano, afirma que o app foi criado para “facilitar a vida dos clientes e abrir um novo canal de venda para os lojistas”. O intuito não é competir com as grandes empresas de marketplace do Brasil, mas sim oferecer uma experiência inovadora para os usuários através do uso inteligente da tecnologia. “Criamos o aplicativo, que também é um marketplace, para dar conforto e trazer um novo serviço para às pessoas”, afirma Giordano.
Atualmente, a ferramenta está disponível somente para os clientes do Barra Shopping e do Village Mall, ambos no Rio de Janeiro. A perspectiva é que nos próximos meses o aplicativo esteja habilitado em outras unidades.
Experiências variadas
Além de se adaptar ao mundo tecnológico, os ambientes físicos precisam estar alinhados com as novas exigências dos consumidores. Por isso, toda a parte estrutural desses grandes centros comerciais também estão sendo adaptadas. “Visitar o shopping é uma experiência – olhar vitrines, tocar tecidos, ver a textura – isso tudo é um evento, mas atualmente há a necessidade de ter algumas novas atrações”, explica Vander Giordano.
O vice-presidente da Multiplan exemplifica a praça que foi revitalizada ao lado do Morumbi Shopping, em São Paulo. O espaço aberto, que teve um investimento de 5 milhões de reais, conta com uma área verde, espaço pet, wifi grátis e equipamento para idosos. “Isso tudo cria uma interatividade com o mall, que é um projeto arquitetônico concebido há anos, que funcionava de uma forma e hoje precisa se adaptar às novas demandas”, conta Giordano.
O processo de revitalização demandou 60 dias. O paisagismo contemplou o plantio, manutenção e adubação de gramas e de plantas de pequeno porte, como agapantos, abacaxi roxo, azulzinha, amendoim, curculigo, barriga de sapo, moreia branca, filodendro martiano, dianela e jaburan. Árvores de maior porte como palmeira rabo de raposa, tumbérgia ereta e veitchia também foram plantadas.
Foco na sustentabilidade
Além de seguir as tendências para acompanhar as mudanças do mercado, a Multiplan também se destaca na questão da tecnologia sustentável. A companhia foi responsável por implementar o primeiro centro de compras do país que utiliza exclusivamente energia solar, o Shopping Village Mall, no Rio de Janeiro. “Esse projeto adquirido pela administradora Multiplan junto à empresa EDP permitiu a construção de um enorme complexo gerador que já passou nos testes exigidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e que contribui na diminuição do impacto ambiental e nos custos para os lojistas no empreendimento”, explica Vander Giordano, vice presidente da Multiplan.
O executivo conta que essa iniciativa é pioneira e grandiosa, mas que a preocupação com o meio ambiente já se faz presente em todos os empreendimentos da rede Multiplan e cita exemplos no próprio Village Mall. O shopping tem uma arquitetura que privilegia a luz natural e utiliza vidros Low-e, que deixam a luz passar, mas barram o calor; tem também área verde aberta, reuso de água da chuva, separação do lixo por categoria e escadas com sensores de movimento. “Tudo isso veio antes desse projeto de energia solar e mostra como estamos evoluindo no conceito de sustentabilidade”, conclui Giordano.
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